quinta-feira, 29 de março de 2012

Agência Minas - Notícias do Governo do Estado de Minas Gerais


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Municípios mineiros participam de videoconferência sobre Hanseníase em Passos

O Centro Vocacional Tecnológico (CVT) de Passos, criado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sects), transmitiu nesta quarta-feira (28) uma videoconferência sobre a Hanseníase, ministrada pelo médico da Superintendência Regional de Passos, da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Carlos Alberto Faria Rodrigues, também conhecido por ser uma das maiores referências brasileiras no assunto e o grande responsável pelo portal da Hanseníase.

Foram capacitados profissionais de saúde por meio desses centros de ensino, beneficiando cerca de 90 municípios mineiros, sobre os principais aspectos enfrentados no combate à Hanseníase, uma vez que o Brasil é o segundo país em número de casos novos, perdendo somente para a Índia. O principal objetivo da ação pioneira é sensibilizar os profissionais de saúde, médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos acerca da Hanseníase e o incentivo ao diagnóstico precoce.

A apresentação teve início com um vídeo explicativo sobre a patologia, seguida de debate entre os participantes, que puderam esclarecer todas as dúvidas de forma interativa com o especialista.

Segundo a referência técnica em Hanseníase da Regional de Saúde de Passos, Maria Ambrosina Cardoso Maia, a ação foi criada no sentido de colocar a sociedade a par da doença, estimulando cada vez mais o policiamento, e a divulgação de sinais e sintomas da hanseníase para que o diagnóstico possa ser pensado ao se examinar o paciente, mesmo numa consulta de rotina e não direcionada somente para aspectos dermatológicos. “Por apresentar sintomas aparentemente simples e indolores, a hanseníase pode ser totalmente ignorada ou atribuída. Dar pouca importância à aparição dessas lesões cutâneas e o comprometimento neural podem resultar em deformidades físicas”, explicou.

A doença
A hanseníase é uma das doenças mais antigas da história da medicina e é causada pelo bacilo de Hansen, um micróbio ou uma bactéria que ataca a pele e nervos periféricos, podendo afetar outros órgãos como olhos, rins e testículos. Atualmente 90% dos casos estão restritos a 11 países e os seis países com mais casos registrados são: Brasil, Índia, Madagascar, Moçambique, Miamar e Nepal. O contágio se dá principalmente por via respiratória. Nem todos os pacientes transmitem a doença, apenas parte deles que têm grande quantidade de bacilos e que não estão em tratamento.

Sintomas
A patologia manifesta-se pelo aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiçada em qualquer parte do corpo. Placas, caroços, inchaços, fraqueza muscular e dor nas articulações podem ser outros sintomas. Com o avanço da doença pode haver comprometimento dos nervos periféricos e desenvolvimento de incapacidades e deformidades físicas, grandes responsáveis pelo estigma e preconceito que cerca a doença.

Diagnóstico
O Diagnóstico da hanseníase é clínico, através do exame da pele e da realização de teste de sensibilidade nas áreas comprometidas. O tratamento dura de 6 a 12 meses, dependendo da classificação clínica de cada caso. Os medicamentos são distribuídos gratuitamente pelo SUS.